quarta-feira, 4 de março de 2009

Lembrando dos direitos básicos

Antes mesmo de o coração começar a bater no útero, todo indivíduo possui uma lista de DIREITOS BÁSICOS, intrínsecos ao SER HUMANO. Confira:

01. DIREITO DE TER: É o direito fundamental de estar aqui, o que se desdobra no direito de ter o que precisamos para sobreviver. Quando nos são negadas as necessidades básicas de sobrevivência - alimento, roupa, abrigo, calor, cuidados médicos, ambiente saudável, toque físico - nossos direitos de ter são ameaçados. Como conseqüência, provavelmente questionaremos esse direito ao longo de nossa vida, com relação a muitas coisas, desde dinheiro e posses até amor ou reserva de tempo para nós mesmos.
PERGUNTE-SE: Sinto-me uma pessoa segura? Estou me sentindo com estabilidade? Tenho confiança no mundo? Tenho minhas necessidades de sobrevivência adequadamente satisfeitas? Como estou em prosperidade? E de saúde física? Penso muito que "não tenho direito de ter nada"?

02. DIREITO DE SENTIR: Reprimendas do tipo "Pare de chorar, voce não tem nada que ficar assim" ou "Como voce pode expressar suas emoções dessa maneira?" são um desrespeito ao nosso direito de sentir. Uma cultura que vê a expressão emocional com reservas ou que classifica alguém de fraco por ter sensibilidade, também transgride esse direito básico. Uma decorrência desse direito é o direito de querer. Se não podemos sequer sentir, é muito difícil saber o que queremos.
PERGUNTE-SE: Como expresso minhas emoções? E a sexualidade? Sinto prazer em estar vivo? Como estou na percepção do outro? Meu estado é mais para tensão ou relaxamento? Fluidez ou rigidez?

03. DIREITO DE AGIR: Esse direito é restringido pela autoridade abusiva dos pais e da cultura. Por exemplo, os que fazem demonstrações pacíficas praticando a não-violência são presos e muitas vezes maltratados por agirem de acordo com seus sentimentos sobre seus direitos de sobreviver. Somos ensinados a obedecer e a seguir - é aconselhável que as ações empreendidas sejam adequadas. O medo da punição e a coação à obediência cega, quer provenham dos pais ou da cultura, prejudicam seriamente nosso poder pessoal - o uso consciente de nosso direito de agir.
PERGUNTE-SE: Quem está moldando minha existência? Estou bem de autonomia? E meu poder próprio, minha energia e vitalidade? Como está minha força de vontade? Em que propósitos acredito?

04. O DIREITO DE AMAR E DE SER AMADO: Numa família, esse direito é transgredido quando os pais não amam e não zelam por seus filhos de modo coerente e incondicional. Quando se impõem condições ao amor, o amor-próprio da criança é ameaçado. No condicionamento cultural, a restrição a esse direito pode ser vista em atitudes de julgamento em relação a homens que amam homens, a mulheres que amam mulheres ou a alguém de uma raça que ama alguém de outra ou a pessoas que amam mais do que uma pessoa. O direito de amar é lesado no conflito racial, pelo domínio de uma cultura sobre outra ou por qualquer situação que crie hostilidade entre grupos.
PERGUNTE-SE: Como estou em seus relacionamentos na família e fora dela? Como é minha rede de relacionamentos? Expresso meu expressa afeto, compaixão e amor pelo outro? Como está minha auto-aceitação e aceitação do outro?

05. DIREITO DE FALAR E DE OUVIR A VERDADE: Aqui, a dificuldade acontece quando não somos autorizados a falar na nossa casa. Isso inclui não sermos ouvidos quando falamos e/ou ser-nos dirigida a palavra desonestamente. Quando somos impedidos de nos expressar ou quando nos pedem que guardemos segredos ou que fechemos os olhos a mentiras da família, bloqueamos esse direito. Quando somos criticados por nossas tentativas de falar ou temos nossa confiança abalada pela divulgação de assuntos pessoais, gradualmente perdemos contato com nosso direito de falar.
PERGUNTE-SE: O que venho criando na vida? Como estou em criatividade? Venho ouvindo com atenção e comunicando-me com honestidade? Como está minha qualidade de comunicação?

06. DIREITO DE VER: Este direito é desrespeitado quando nos dizem que o que percebemos não é real; quando as coisas são deliberadamente escondidas ou negadas (p.e., o fato de o pai beber) ou quando a amplitude de nossa visão é mal entendida ou depreciada. Quando o que vemos é feio, assustador ou incoerente em relação a algo mais que vemos, nossa visão física pode ser afetada. Reivindicar o direito de ver nos ajuda a reivindicar também nossas habilidades psíquicas.
PERGUNTE-SE: Com está meu relacionamento com a Luz? Como está minha faculdade de imaginar? Estou atento a minha sensibilidade psíquica?

07. O DIREITO DE SABER: Isto inclui o direito à informação, à verdade e o direito à educação e ao conhecimento. Igualmente importantes sao nossos direitos espirituais, de nos conectarmos com o Divino, seja qual fo a concepção que tenhamos Dele pessoalmente. Impingir a outra pessoa um dogma pessoal é uma violação a nossos direitos pessoais.
PERGUNTE-SE: Com que mais me demoro em meus pensamentos? Na busca do conhecimento, venho me sentindo mais sábio? Como está minha conexão, na busca espiritual? Estou satisfeito com meu sistema de crenças? Como é a sensação de pensar por mim mesmo?

Quando mesmo um destes direitos são desrespeitados, isto gera sofrimentos. Por outro lado, vamos gerir agora a vida que há em nós? Assim, no hoje, haveremos de aprender com as experiências do ontem e sairmos mais equilibrados, harmonizados e felizes.

- Texto retirado, com algumas modificações do livro dusbons "JORNADAS DE CURA", de Anodea Judith e Selene Vega, Ed. Pensamento, 1997 - 301p. (capa acima)
- O que estiver em azul foi por minha conta mesmo.

Nenhum comentário: