domingo, 7 de junho de 2009

MUDANDO DE ENDEREÇO

Amigos internautas,
Estamos mudando de "casa", onde já estou postando meus novos tópicos.
Para acessar o Blog DUSBONS, digite http://blog.opovo.com.br/dusbons/
ou simplesmente CLIQUE AQUI.
Este endereço continuará existindo aqui até que tenhamos migrado todas as postagens anteriores prá "nova casa".

sábado, 6 de junho de 2009

Quem sabe não desiste

"O que torna uma resolução tão difícil é não sabermos o que queremos e o quanto queremos" - Nilton Bonder

Em 1995, aos 37 anos, o escritor e rabino da Congregação Judaica do Brasil no Rio de Janeiro NILTON BONDER escreveu o livro "O SEGREDO JUDAICO DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS - Ídiche Kop - A Utilização da Ignorância na Resolução de Problemas" - Editora Imago - 168pág.
Como o próprio título informa, é um livro dusbons sobre resolução de problemas. A tradição judaica diz que necessidade é a mãe das resoluções. "Ídiche kop" (literalmente, "cabeça de judeu") é o instante de virada, quando o resignado recupera o brilho de seus olhos e, lançando mão de uma ousadia radical, insiste em dizer que ainda está no jogo. Trata-se da condição única do encurralado de poder recontextualizar, reverter o jogo e dar o xeque-mate, de romper com as convenções que o aprisionavam na condição de perdedor.

Permeado de histórias exemplificativas, Bonder convence-nos que a impossibilidade é uma condição momentânea e quem sabe disto não desiste. Em uma delas, um rabino de Saragossa afirmou:
"- Podemos aprender alguma coisa de tudo o que existe neste mundo!
- O que podemos aprender de um trem? - desafiou um discípulo.
- Que, por causa de um segundo, podemos perder tudo.
-E de um telégrafo?
- Que cada palavra é contada e por ela seremos cobrados.
-Eotelefone?
- Que o que dizemos aqui é escutado lá."

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Vejam, ouçam e avaliem

O carcará é um falconídeo (parente distante do falcão) e também é chamado de "caramancho" e "caracará". Apesar de tido como uma ave brasileira, sua distribuição geográfica vai da Argentina até o Sul dos EUA, ocupando toda uma variedade de ecossistemas, exceto a Cordilheira dos Andes.

Já a significativa música "Carcará" (José Cândido e João do Vale) foi gravada pela 1ª vez em 1965, no disco que registrou o show "Opinião", de Nara Leão, João do Vale e Zé Kéti. Depois, Maria Bethânia, Chico Buarque, Ze Ramalho e outros artistas a regravaram.
Cliquem AQUI e conheçam a versão 2009 desta música, com Khrystal e banda no Teatro Rival/Petrobrás, no último dia 05/05.

DETALHE: O video é o de maior qualidade que já assisti no YouTube, afora a interpretação da cantora e o arranjo e  a improvisação do guitarrista Ricardo Báia - impecáveis.
Por isto, experimente ver/ouvir e o convido a deixar seu comentário abaixo, que será por mim  enviado a esta cantora potiguar de Natal, de quem somos fãs n° 1, (minha mulher e eu) em Fortaleza.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Um Amor que venceu aos médicos

Desculpem a extensão da matéria jornalística abaixo, mas aquele que se dispuser a ler certamente vai fazer muitas reflexões dasboas em torno da capacidade de recuperação de quem recebe uma atenção amorosa e da fragilidade das "certezas" de alguns representantes da ciência. Com grifos meus:

ELA PODERIA ESTAR EM COMA, por Gabriela Cupani, do Jornal Folha de São Paulo, edição do dia 31/05/2009

Há algumas semanas, ao passar por uma ressonância magnética, a jornalista catarinense Silvia Zamboni, 40, deixou o médico desconcertado: ele não podia acreditar que o cérebro que observava no monitor, com lesões seríssimas em áreas extensas, era o de uma pessoa absolutamente normal.
O esperado seria encontrar alguém com sérias dificuldades para falar, caminhar ou comer. Ou até em estado vegetativo.
Ele não estava errado. Cinco anos atrás, diante de imagens semelhantes, outros médicos nem acreditaram que ela sobreviveria ao acidente que sofrera. Seu carro havia se chocado contra uma árvore depois de ter sido fechado por um caminhão, numa noite chuvosa, no interior de Santa Catarina.
Além do traumatismo craniano, ela tinha costelas quebradas, que haviam perfurado um pulmão. Uma orelha foi praticamente decepada. O socorro só veio após duas horas.
A falta de oxigenação por conta da parada cardíaca havia deixado lesões graves e irreversíveis no cérebro. Os médicos que a atenderam diziam que a morte era questão de horas.
Uma semana após completar 35 anos, em março de 2004, Silvia estava em coma profundo, no grau 3 da escala de Glasgow -o mais baixo-, que mede o nível de consciência após uma lesão cerebral. As estatísticas estavam contra ela - os médicos estimaram em 1% a chance de sobrevivência.

Papel da mãe
Apesar da resistência dos profissionais, sua mãe, Marilda, resolveu levá-la a um centro maior, em Florianópolis. "Para que, se ela está quase morta?", ouviu de um deles. No outro hospital, escutou o mesmo prognóstico: caso a filha sobrevivesse, as chances de ficar em estado vegetativo eram enormes. Mas Marilda acreditava que ainda "havia esperança".
Fazia três anos que mãe e filha não se viam, apesar de morarem na mesma cidade. O reencontro se deu na UTI.
Nas visitas diárias ao hospital, sua mãe promoveu um bombardeio de estímulos. Fazia massagens em seu corpo com remédios homeopáticos, levou cremes e perfumes com os cheiros que ela conhecia, colou nas paredes fotos de todas as fases de sua vida e a logomarca da sua empresa, falava muito ao seu ouvido, sem parar de chamá-la pelo nome.
Quando não estava lá, deixava fones com músicas e mensagens gravadas. "Escutava sons, mas não sabia o que significavam", diz Silvia, sobre o período em que esteve inconsciente. "Eu me lembro da voz da minha mãe me dando força." E de algumas frases soltas: "Não reage"; "não vai dar tempo".
Durante quase dois meses, nada mudou. A mãe chegou a ouvir se não seria melhor "deixar a natureza seguir seu curso". Mas perto de completar o segundo mês em coma, Silvia começou a dar os primeiros sinais de recuperação, com alguns movimentos involuntários dos membros e a capacidade de manter a respiração e a pressão por alguns momentos, sem o auxílio de aparelhos. O coma ficou menos profundo. Quatro meses depois do acidente, os médicos avaliaram que já não havia nada mais a fazer no hospital. A vida havia se confirmado, diziam, mas Marilda teria um bebê para sempre. Silvia estava absolutamente dependente e sem a menor consciência de quem era. Em casa, foi atendida por profissionais como fonoaudióloga, enfermeiros e fisioterapeuta.

História reescrita
Com o apoio da equipe e da mãe, foi reaprendendo tudo, desde as ações mais básicas: andar, pronunciar palavras e, o mais difícil, abrir a boca e engolir. Depois, ainda precisou reaprender a ler, escrever e até reconhecer a função dos objetos mais simples, como o telefone.
Ao longo dos meses, foi passando por todas as etapas de seu desenvolvimento e reescrevendo a própria história. Teve uma fase de birras para comer e de medos para dormir. "Eu estava exatamente como uma criança", diz. "Quando tiraram a sonda nasogástrica [pela qual era alimentada], passei a cheirar tudo, como um cachorro."
Sem se lembrar de nada de sua vida antes do acidente, voltou a se interessar pelos assuntos que a motivavam e revelou os mesmos talentos de antes.
Motivada pela mãe, estudou piano, apesar de não se lembrar de que quando criança tinha aprendido a tocar. Quis cozinhar e vender tortas, exatamente como tinha feito na adolescência. Ao mesmo tempo, ia resgatando suas memórias.
Apesar de seu cérebro carregar as cicatrizes das lesões, hoje ela leva uma vida normal. Mora sozinha, namora, estuda, faz suas compras -só não voltou a trabalhar, ainda.
"É uma prova da plasticidade cerebral, em que os neurônios que sobreviveram encontram novos caminhos para se comunicar", diz o médico intensivista Thales Schott, que acompanhou sua recuperação.
Na visão dele, os cuidados da mãe, que morreu após um AVC no ano passado, foram fundamentais. "Foi isso que resgatou a vida de Silvia", diz.
Ainda há grandes lacunas de sua vida de que não lembra. "Hoje sou mais seletiva", afirma. Lembrar envolve um grande esforço mental, que ela não faz para acontecimentos que lhe causem tristeza.
Há quem volte de experiências como essa dizendo que escolheu a vida. "Acho que minha mãe escolheu por mim, e eu correspondi." Hoje ela não faz planos para o futuro. "Ainda tenho muito o que recuperar."

terça-feira, 2 de junho de 2009

Guia de filmes

Como todo bom cinéfilo, a dica de hoje é o livro "1001 FILMES PARA VER ANTES DE MORRER", que tem como editor geral Steven Jay Schneider, que conta com 67 colaboradores ligados ao cinema - críticos, professores, estudantes etc.
São filmes que vão do "VIAGEM À LUA (1902), do curta de 14min de duração, do francês George Méliès até o recente anglo-francês "DESEJO E REPARAÇÃO (2007). São filmes de mais de 30 países, inclusive o Brasil. O filme "CIDADE DE DEUS" (2002), produção Brasil/França e com direção dupla de Fernando Meirelles e Kátia Lund, é apontado como uma obra de terror de primeira classe.
Lançado no Brasil pela Editora Sextante, já foi traduzido para 25 línguas e com mais de um milhão de exemplares vendidos e tem 960 páginas de papel couchê. Muitas fotos de qualidade de cenas de filmes, cartazes e retratos de atores. Organizado por ordem cronológica, o livro pode ser usado para aprofundar nossos conhecimentos sobre um filme específico ou apenas uma sugestão para o que assistir em casa, comendo pipocas. 
Sou fã de obras de referência e esta é dasboas mesmo. E na capa, Harrison Ford encarnando o papel do herói spielberguiano Indiana Jones.
Ah! Ia me esquecendo: o título do livro nos lembra da nossa mortalidade física. Que possamos fazer hoje o Bem e o Bom que esteja ao nosso alcance!
Assistir a um bom filme é um dos prazeres da alma, bem como compartilhar suas impressões com alguém que o assistiu idem. 

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Uma jornada de descobertas

Compartilho uma dica dasboas para quem quiser saber mais sobre as mais recentes descobertas na neurologia humana. É que o canal The History Channel estreará hoje, Segunda, às 21h o especial "O CÉREBRO", com duração de 90min. Eis a sinopse:
O Cérebro: Controlando desde os instintos mais básicos até os mais precisos movimentos, o cérebro humano é considerado a máquina mais complexa do universo. Utilizando estudos de casos, simples analogias e imagens criadas por computação gráfica, o especial examina a evolução do cérebro ao longo d os tempos. Entre outras situações, o programa utilizará algumas pessoas para explicar como os instintos básicos são controlados e como reagimos a diferentes situações, tais como o medo, a ansiedade, a euforia e a luxúria. Cientistas renomados e profissionais dedicados ao estudo do cérebro, como o psiquiatra Gregory Berns, o neuropsicólogo Eric Zillmer e o neurocientista David Eagleman analisam alguns fenômenos e discutem desde as tentativas da neurocirurgia das antigas civilizações até a atual cirurgia a laser executada por robôs. The History Channel, 01/06, 21h
CURIOSIDADE: Os cientistas conseguiram descobrir mais sobre o cérebro nos último 5 anos do que tinha sido apurado em séculos de pesquisas.
Para quem não puder assistir à estréia, o THC reprisará o especial nos seguintes dias: Terça 02, às 00h30min e 13h; Sexta 05, às 21h e Sábado 00h30min e 13h.

Nanini 61

Este é um ator dusbons e, ainda por cima, nordestino da Cidade do Recife/PE e que completou 61 anos neste Domingo 31/05: MARCO NANINI.
Iniciou em teatro no Rio de Janeiro, em 1965. Ao lado de Ney Latorraca, esteve 11 anos no elenco da peça  "O MISTÉRIO DE IRMA VAP".
Em 1969, iniciou a fazer muitas novelas e especiais na TV Globo, onde desde 2001 interpreta Lineu Silva, o honesto pai de "A GRANDE FAMÍLIA", (em DVD, 4 compilações dos melhores episódios) que já está em sua 9ª temporada e já virou longa-metragem, em 2007 (Disponível também em DVD).
No cinema, os destaques são nos filmes "AMOR & CIA" (1998), comédia baseada em obra de Eça de Queirós;  em "O AUTO DA COMPADECIDA" (1999, minissérie da Globo e 2000 em versão pro cinema), onde atuou impecável e quase irreconhecível como o cangaceiro Severino. Em 2001, dirigido por Carla Camurati, foi o protagonista de "COPACABANA" (a ser exibido no Canal Brasil, Sexta-feira, às 12h25min), em que interpreta um nonagenário fotógrafo. Em 2003,  foi Frederico Evandro, o marido vingativo em "LISBELA E O PRISIONEIRO".
Marco Antônio Barroso Nanini é um ator marcante e dusbons mesmo, seja no teatro, na tevê ou no cinema.