Eternamente em berço esplêndido..

Os músicos brasileiros estão de luto. Nessa Segunda-feira, aos 56 anos, partiu da dimensão física para continuar a existir no plano espiritual, Jorge Luiz da Costa, mais conhecido como GIGANTE BRAZIL, um dusbons na bateria. Tinha esse apelido porque era muito alto, magro e forte e sua batida era enérgica. Estava dormindo em casa e sua essência se foi por aí.
Desconhecido da maioria de seus compatriotas, mesmo daqueles que gostam de música, Gigante acompanhou Jorge Mautner, Caetano Veloso, Gilberto Gil e mais especialmente o paulista de vanguarda Itamar Assumpção (1949-2003), com quem formava a banda Isca de Polícia.
Em 1980, estava com Jorge Alfredo e Chico Evangelista no Festival da Globo, que fez o Brasil inteiro dançar e cantar “Rastapé é moçada, rastapé é moçada, no passo dessa dança, Barra Mansa, pisada de afoxé”.
Em 1983, participou do grupo Gang 90 & suas Absurdettes, que fez sucesso com a divertida “Perdidos na Selva” e com “Nosso Louco Amor”, que foi tema de abertura da novela global “Louco Amor”.
Em 1991, acompanhou Marisa Monte no disco e nos shows da turnê “Mais” e é dele aquele vozeirão grave cantando com ela “Ensaboa, mulata, ensaboa, tou ensaboando”.
Em 2006, lançou o disco “Música Preta, Branca ...e etc...”, tocando e cantando ao lado de Paulo LePetit - vide foto acima PLP e GB.
Tocava em uma bateria de poucos itens, mas nela mostrava toda sua criatividade, suingue e sutilezas rítmicas, o que pude comprovar no Theatro José de Alencar, durante o Projeto Pinxiguinha, acompanhando o saudoso Itamar, no início dos anos 80.
Vai deixar saudades musicais dasboas. Vá para Deus, Gigante!