domingo, 30 de novembro de 2008

Um DVD que assisti e recomendo

Esqueçam o esdrúxulo título em português do filme "PODER ALÉM DA VIDA" (2006) - capa à esquerda. A Focus Filmes optou por este título para talvez alcançar a fatia de público que gostou de outro filme espiritualista: "Amor Além da Vida". O título original é "Peaceful Warrior", baseado no livro semi-autobiográfico "O Caminho do Guerreiro Pacífico - um livro que modifica vidas" - capa à direita, escrito por Dan Millman e lançado pela Editora Pensamento. É um filme dusbons, dirigido pelo californiano Victor Salva, que também dirigiu o especial filme "Energia Pura"(1995). Baseado em fatos reais, Dan Millman conta um pouco de sua história como um ginasta norte-americano, que conheceu um misterioso "Sócrates" (interpretado por Nick Nolte - que fez "O Príncipe das Marés" -1991), que ajudou-o a abrir seu coração para outras realidades, quando Dan se preparava para as Olimpíadas e sofreu um grave acidente de trânsito. Os diálogos do "mestre Sócrates" com Dan são ensinamentos de transformação interior, que muito têm da filosofia budista e pode ajudar todo aquele que busca o autoconhecimento seguido de autotransformação. Portanto, uma dica duplamente dasboas: um livro que promete ajudar a modificar a sua vida - e um filme para ser visto e revisto devagar, sozinho ou em em grupo. por causa dos muitos toques conscienciais, dentro de seus 120 minutos de duração. O Poder de que trata o filme é totalmente dentro da Vida e não Além. Assista ao trailer aqui.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Fausto Nilo palestrando












Nesta próxima Sexta-feira, dia 28/11, às 16h, na sala de treinamento da Justiça Federal, no 15° andar do Edifício Raul Barbosa, Centro de Fortaleza, haverá uma palestra aberta ao público do arquiteto e poeta dusbons FAUSTO NILO. O tema será "Fausto Nilo e a Poética da Cidade", sob o olhar experiente do prestigiado arquiteto cearense, nascido em Quixeramobim, em 05/04/1944. Veio para Fortaleza com 11 anos de idade e ingressou na UFC, aos 20 anos, na Faculdade de Arquitetura, onde fez amizade com o "Pessoal do Ceará" - Rodger Rogério, Teti, Petrúcio Maia, Ricardo Bezerra e Fágner, que foi o primeiro a musicar um de seus poemas.
Em 1971, mudou-se para Brasília e trabalhou como professor da UnB (posteriormente lecionou na UFC). Em 1972, teve sua 1ª música "Fim de Mundo (com Fágner) gravada por Marília Medalha. Morou ainda em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Além de Fágner, suas letras viraram sucessos nas vozes de Moraes Moreira, Gal Costa, Simone, Amelinha, Ney Matogrosso, Luiz Gonzaga, A Cor do Som, Lulu Santos, Pepeu Gomes, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho, Dominguinhos, Nara Leão, Maria Bethânia, Maria Creusa, Ednardo, Cidade Negra, Nana Caymmi, Baby Consuelo, Zé Ramalho, João Bosco, João Donato, Belchior, Ritchie, Nico Resende, Nando Cordel, Caetano Veloso, Guilherme Arantes etc. É considerado até hoje, ao lado de Vinícius de Moraes, Chico Buarque e Noel Rosa, um dos compositores com maior número de composições, cerca de 400 sucessos.
Em 1997, com o CD "Esquinas do Deserto", lança-se como intéprete de suas próprias composições. Depois, lançou, em 2002, "Casa Tudo Azul" ; em 2004, "Verso e Voz Ao Vivo". Seu mais recente disco se chama "Fausto Nilo" (capa acima, à esquerda), com direção musical e arranjos de Adelson Viana e Cristiano Pinho. Neste CD, há parcerias com Moraes Moreira, Dominguinhos, Ivan Lins, Zé Renato, Zeca Baleiro, Beto Fae e Fernando Falcão.
Paralelamente ao trabalho de compositor, mantém sua atividade como arquiteto até os dias de hoje, com especial interesse por assuntos referentes a cidades, planos diretores de urbanismo, espaços de uso público, praças, escolas e equipamentos culturais, onde se destaca seu principal projeto: o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza. Recomendo ouvir Fausto, porque ele fala de maneira profunda sobre nossa cidade. Já aprendi muito com ele, durante uma viagem ida-e-volta Fortaleza-Limoeiro do Norte, onde conversamos sobre música, cinema francês, livros clássicos e até espiritualidade. Ou seja, tudo o que este blog preconiza e divulga.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Principiando na Doutrina Espírita

A Doutrina Espírita surgiu na Terra, em 1857, em Paris, com o lançamento de "O Livro dos Espíritos", por Allan Kardec. A DE ajuda o ser humano a compreender as respostas ao "Quem sou?","De onde venho?", "Para onde vou?", "Por que a dor e o sofrimento?", "Como ser feliz?" e a outras indagações. Mas como isto requer dedicação e tempo para aprofundá-las, muitas pessoas desistem e fazem julgamentos equivocados sobre a DE.
No Brasil, apesar das excelentes traduções de Guilhon Ribeiro (FEB), Salvador Gentili (IDE), Herculano Pires (LAKE) entre outras, entrar em contato com os neologismos (palavras novas, especialmente criadas para designar algo novo) pode dificultar o entendimento dos soliários novatos e até afastá-los do estudo. Para estes, "seus problemas acabaram". O peruano Luis Hu Rivas,(1975-) radicado em São Paulo, organizou o livro "DOUTRINA ESPÍRITA PARA PRINCIPIANTES - Introdução ao estudo da Doutrina que ilumina consciências e consola corações", lançado em 09/2007, com 156 páginas de papel couchê, medindo 20 x 27cm, Editora CEI, ao preço de R$26.
Se você deseja principiar no estudo da DE, eis um portal dusbons. Com mais de 300 ilustrações (inclusive, fotos de filmes famosos), Rivas dividiu os textos em 8 capítulos ("A Doutrina Espírita", "A Codificação", "Deus", "Imortalidade da Alma", "Reencarnação", "Leis Morais e Aspectos Diversos", "Mediunidade" e"Obsessão e Passes"), conforme estão sequenciados em "O Livro dos Espíritos". Há também textos anexos que destacam a importância dos grupos espíritas e o crecimento da DE, no Brasil e no mundo.
Portanto, esta é uma dica dasboas para quem quer entender mais facilmente todos os livros clássicos, codificados por Kardec, no Século XIX. Até minha vida de explicar alguns fenômenos anímicos e mediúnicos ficou facilitada porque respondo mostrando ao meu interlocutor curioso as ilustrações deste excelente livro .
Em Fortaleza, quem quiser adquirir o seu, encomende-o pelo e-mail do livreiro Raimundo Santos: rnsce2003@yahoo.com.br

sábado, 22 de novembro de 2008

Aniversário de um cidadão que faz

Neste domingo, o soteropolitano Antonio Carlos Santos de Freitas, mais conhecido como CARLINHOS BROWN, completa 46 anos de idade. Que ele é dusbons e competente como cidadão e músico, já provei em tópico anterior (clique aqui).

Em 2004, foi lançado o documentário "El Milagro de Candeal", na Espanha, onde ganhou 2 Goyas (o Oscar local, como melhor documentário e melhor música original "Zambie Mameto"). Dirigido pelo espanhol Fernando Trueba (Oscar de melhor filme estrangeiro, em 1993, por "Sedução -Belle Epoque"), o filme se passa nas favelas de Salvador e enfoca a influência da cultura africana no país, a partir de uma viagem do músico cubano Bebo Valdés à cidade em busca de raízes comuns, ciceroneado por Brown. Trueba documenta ainda a ação sócio-musical de Carlinhos Brown, no bairro Candeal, periferia de Salvador.
Bebo Valdés é pianista de jazz afro-cubano, nascido no dia 09/10/1918, e ainda se encontra em plena atividade tendo gravado seu último CD, ano passado, com 89 anos de idade. É também pai do respeitado pianista cubano de jazz Chucho Valdés (nascido em 1941, no mesmo dia e mês do pai).
Para homenagear o aniversariante Carlinhos Brown, oportunizo trecho do documentário (ainda inédito em DVD no Brasil) onde Bebo Valdés acompanha, ao piano, a interpretação de Marisa Monte e Brown para a canção "MÚSICO" ( de Brown e do violonista Cezar Mendes), lançada originalmente no CD "Omelete Man" (1998) e ainda desconhecida do grande público. Um petisco dusbons para quem tem sensibilidade. Delicie-se, clicando aqui.
No Brasil, só consta o CD da trilha sonora de "O Milagre do Candeal".

Aprenda a dizer NÃO


"APRENDA A DIZER NÃO. Quantas vezes concordamos com algo só para agradar alguém. Ser legal sempre não é legal. Impor limites pode revolucionar sua vida."

Estas são frases que constam da capa do último número da revista dasboas "VIDA SIMPLES" - Ed. 73, de 12/2008, da Editora Abril. A repórter Liane Alves inicia a matéria afirmando "Ter firmeza de atitude e saber negar é uma arte que pode transformar sua vida. Descubra por que é legal não ser legal o tempo inteiro." Querendo ler a matéria toda, basta clicar aqui.
Se NÃO quiser, transcrevo abaixo uma seleção de dicas que falam sobre a melhor maneira de sustentar uma negação, trazida pela revista. Ei-las (os negritos são meus):

. Ser muito legal pode não ser legal. Experimente ser egoísta de vez em quando.
. Se discordar, discorde logo de cara, no começo da conversa
. O não precisa ter força. Boa alimentação, exercícios vocais e vitalidade auxiliam.
. Se não tiver certeza do seu sim, enrole. Ou peça tempo para pensar.
. Não sorria quando estiver a ponto de explodir. Aprenda a fechar a cara.
. Mude de opinião quantas vezes quiser.
. Diga como se sente e não acuse o outro, colocando-o na defensiva.
. Não abra muito espaço para contra-argumentos. Reafirme o seu não.
. A negação precisa ser firme. Mas não precisa ser agressiva
. Imagine sempre que tudo vai dar certo. Costuma funcionar.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Muito Bem: indicado e vitorioso!

O sociólogo mineiro Herbert José de Souza, o Betinho (1937-1997) criou o projeto Ação da Cidadania contra a Miséria e Pela Vida e também o COEP (rede de Comunidades, Organizações e Pessoas), em 1993 . A Secretária-Executiva do COEP no Ceará é Maria José Irene Facundo Lima.
Juntamente com sua Rede de Mobilizadores e em comemoração aos 15 anos de existência, o COEP criou o "Prêmio Betinho 2008 - Atitude Cidadã" para valorizar as pessoas que praticam no dia-a-dia a luta contra a fome e a promoção da cidadania.

Em Fortaleza-CE, concorriam 3 grandes nomes do Bem: a terapeuta ocupacional Ana Maria Teles de Norões, a advogada Mirtes Brígido Machado e o comunicador social Nonato Albuquerque. A votação foi pela internet e o resultado saiu ontem e o vencedor foi NONATO ALBUQUERQUE.
Grande irmão e dusbons naquilo que faz, seja na profissão de jornalista, radialista e apresentador de tevê, seja como blogueiro (arranja tempo para manter 3 excelentes blogs: Antena Paranóica, Gente de Mídia e Mouse ou Menos), seja como voluntário do Bem. Aqueles que têm a honra de compartilhar de sua sincera amizade e companhia sabe que o acopiarense é incansável em fazer o Bem, independentemente de religiões.
Todos aqueles que jogam no time do Bem ficam felizes por este prêmio.
Parabéns, Nonato!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Aprendendo a identificar os EUs com leveza

"...imagine agora que existam muitos 'EUs'; todos eles morando nesse mesmo espaço, aí dentro de você, agora mesmo.
E mais! Imagine que esses "EUs' não conheçam uns aos outros; que tenham opiniões diferentes sobre suas escolhas de vida e que cada um queira determinar o caminho que você deve tomar.
Dá prá imaginar a confusão?"

O divertido texto acima está na contracapa do livro "GENTE QUE MORA DENTRO DA GENTE", de Patrícia Gebrim, Editora Pensamento, 2004. São 143 páginas explicando-nos que quando nos conhecemos melhor, vivemos melhor. A vida será melhor vivida por nós quando soubermos que temos um monte de gente morando dentro da gente. Eis alguns:
1. o Eu Criança: é a parte responsável pela curiosidade, aberta para o novo, movida pelo humor, pela alegria e pelo prazer. É a parte que acredita nas pessoas, é a inocência, a capacidade de confiar, a espontaneidade, a criatividade. É o Eu capaz de sonhar. É também a responsável pela insegurança, pelo medo, egoísmo, pelos vícios e compulsões que revelam uma Criança desgovernada. O Adulto de hoje precisa proteger e amar seu Eu Criança.
2. o Eu Inferior ou Eu Menor: é o Eu em nós capaz de odiar, invejar, agredir, de se vingar, de ser cínico, desconfiar, de ter raiva, ganância. Somos ao mesmo tempo luz e sombra, amor e ódio, coragem e medo, generosidade e avareza: somos "monstranjos". Precisamos aceitar e curar esse Eu.
3. o Eu Mascarado: parcela construída para esconder nosso "monstro". Mostramos aos outros uma caricatura, uma fachada que nos faz parecer alegres, fortes, tranquilos, amorosos - tudo fingimento que nos anestesia, nos deixa sem vida e com dificuldade em dizer Não! Precisamos incinerá-lo, abandoná-lo para ser quem somos e deixar que as pessoas vejam quem somos.
4. o Eu Superior ou Eu Maior: em contato com este, nos sentimos seguros, protegidos e em paz; nos dá capacidade de ter sentimentos de amor por si, pelos outros e pela natureza. Precisamos criar espaço para convidá-lo a ficar conosco, através da meditação, da oração, da contemplação da natureza, na vivência de relacionamentos amorosos nutritivos, lendo livros, assistindo filmes ou conversando com pessoas que nos colocam em contato com a Luz.
5. o Eu Observador: é a parte que consegue perceber quando a Criança entra em cena, ou quando o Inferior causa estragos, ou percebe que estamos anestesiados por trás das máscaras ou quando estamos vivenciando uma paz verdadeira, devido à conexão com o Eu Superior. Quando conectados ao Observador, conseguimos olhar para nós mesmos como se estivéssemos olhando de fora de nós. Com ele, nos observamos com compaixão, sem julgar, sem nos condenar.
Acredite em VOCÊ.
Acredite na sua capacidade de acolher e cuidar da sua Criança.
Acredite na sua capacidade de abrir mão das suas máscaras.
Acredite que você será capaz de entregar-se a seu Eu Superior e curar seu Eu Inferior.
Acredite que sua vida possa tornar-se mais leve, gostosa, e que você possa vivê-la com mais Paz, Alegria e com muito Amor.
NÃO PENSE.
SIMPLESMENTE ACREDITE!"
A autora é psicóloga em São Paulo e estudiosa do Pathwork de Eva Pierrakos. É um livro dusbons, de fácil leitura e nos ajuda a seguir o Caminho do autoconhecimento e da autotransformação para melhor e para o Bem!

Refletindo sobre efetividade no Bem

Abaixo, com grifos meus, compartilho opinião extraída do livro "O BANQUEIRO DOS POBRES", autobiografia dasboas de Muhhamad Yunus, 68 anos, ganhador do Prêmio Nobel da Paz 2006, o qual foi dividido com o Grameen Bank, instituição que ele criou e já tirou mais de 15 milhões de pessoas da pobreza em Bangladesh (com mais de 135 milhões habitantes) e em outros países, dando-lhes direito ao microcrédito (SEM GARANTIA e com apenas 2% de inadimplência) para investir em seus próprios talentos, para aquisição de moradias, para mais de 60 mil estudantes universitários pobres etc.

"O feito do (Banco) Grameen ao conseguir dispensar o dinheiro dos doadores (Banco Mundial) me leva a considerar a questão da caridade.
Quando circulamos de carro por Daca (Capital de Bangladesh) somos atacados de todos os lados por mendigos profissionais. Nossa primeira reação é dar-lhes uma esmola. Por que não? Por alguns tostões, podemos aplacar nossa consciência. Quando somos abordados por um leproso com os dedos e as mãos devorados pela doença, ficamos tão chocados que imediatamente levamos a mão ao bolso e entregamos ao infeliz uma nota que para nós não é nada, mas representa uma fortuna para quem a recebe. Isso é útil? Não e na maioria das vezes é até danoso.
Aquele que dá fica com a impressão de ter feito alguma coisa. Mas não fez absolutamente nada.
Dar dinheiro dispensa-nos tranquilamente de encararmos o verdadeiro problema. Oferecendo uma soma irrisória ficamos com a consciência limpa. Mas, na verdade, limitamo-nos a nos livrar provisoriamente do problema. Mas por quanto tempo?
A caridade não é uma solução, nem a longo nem a curto prazo. O mendigo passará para o carro seguinte e recomeçará. E acabará por voltar a ver seu "benfeitor", de quem agora precisa para viver. Se queremos sinceramente resolver o problema, precisamos nos envolver e dar início a um processo. Se o doador abrisse a porta do carro para perguntar ao mendigo qual é o seu problema, como se chama que idade tem, se solicitou assistência médica, qual é a sua formação, então poderia talvez prestar-lhe um serviço. Mas entregar-lhe uma nota é implicitamente convidá-lo a sumir de vista para nos deixar em paz.
Não questiono o dever moral da ajuda nem o impulso que nos leva a ajudar os necessitados; condeno apenas a forma de que se reveste essa ajuda.
Do ponto de vista do beneficiário, a caridade pode ter efeitos desastrosos. Em muitos casos, ela desmotiva o mendigo a sair de sua situação. Quanto ao doente, ele nem sequer tenta se tratar, pois a cura significaria a perda dessa fonte de dinheiro. Há até mesmo casos, alardeados pela imprensa, de bandos de mendigos que punham recém-nascidos em potes para eles crescerem deformados; assim os mendigos profissionais poderiam transformá-los em instrumento destinado a amolecer o coração dos passantes.
Em todos os casos, a mendicância priva o homem de sua dignidade. Dispensando-o de prover as suas necessidades, ela o incita à passividade. Não é suficiente ficar sentado e estender a mão para ganhar a vida?
Quando vejo uma criança mendigando, resisto ao impulso natural de dar. Preciso admitir que às vezes me acontece de dar a esmola, sobretudo quando a miséria humana é tão terrível - um doente, uma mãe cujo filho está à beira da morte - que não posso evitar levar a mão ao bolso e dar alguma coisa. Mas sempre que é possível reprimo esse impulso."
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Já não pergunto mais aos religiosos (e àqueles que temos uma condição de ajudar) "O QUE você está fazendo ou QUAL a sua contribuição no mundo para minorar a pobreza e/ou o sofrimento alheio?".
Sinto que as perguntas precisam mudar para:
"COMO estamos dando nossa contribuição no mundo...?"
"O que é CARIDADE mesmo?"
"O que queremos de verdade (e de quem) quando fazemos um gesto de caridade?"
"Estamos efetivamente ajudando mesmo? Ou basta-nos "fazer a nossa parte"? E que parte é esta?"

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Salve Scorsese!!!

Nesta Segunda, completa 66 anos de existência o diretor de filmes dusbons Martin Marcantonio Luciano Scorsese ou simplesmente MARTIN SCORSESE. Novaiorquino do Queens, 1,63m de estatura, frequentou a escola de cinema da Universidade de Nova York e já aos 17 anos dirigiu um curta-metragem. Entre seus longa-metragens mais conhecidos estão "Taxi Driver" (1976), "Touro Indomável" (1980), "Os Bons Companheiros" (1990) e "Cassino" (1995) , todos com Robert DeNiro, e o aclamado "Os Infiltrados" (2006) com Leonardo DiCaprio, Matt Damon, Jack Nicholson e grande elenco, que lhe fez ganhar seu 1° Oscar de melhor diretor. Harvey Keittel e Joe Pesci são outros atores com quem Scorsese gosta de trabalhar e costuma convidar para atuar em seus filmes.
Após ter filmado em documentário a turnê "No Direction Home" (2005), de Bob Dylan, Scorsese lançou o documentário "Shine Light" (2008) com a banda inglêsa The Rolling Stones.
Porém, um dos filmes dele que mais gosto e recomendo a todos como dusbons é "KUNDUN" (1997) - escrito por Melissa Mathison e dirigido por Martin Scorsese. É baseado na vida de Sua Santidade, o Dalai Lama, líder político e espiritual do Tibete. Este país é ocupado há décadas pelo governo comunista da China, que proibiu Scorsese e Mathison de entrarem no Tibete para gravação do filme. Por esta razão, a belíssima fotografia do filme mostra as paisagens do Marrocos, semelhantes às do Tibete e a narrativa nos mostra a grave injustiça da ocupação chinesa em território tibetano, em que a ONU e outros organismos internacionais simplesmente se calam. Vale a pena assistir em versão widescreen (importada) porque a versão brasileira do DVD é em fullscreen (tela cheia) que corta cerca de 1/3 de todas as tomadas concebidas por Scorsese e pelo fotógrafo inglês Roger Deakins.
Happy Birthday, Mr. Scorsese!!!

Letra intencional sobre Autoconhecimento???

Gravado em 1985 e mui bem produzido pelo Liminha, o paulistano grupo Ultraje a Rigor lançou um dos mais bem-sucedidos discos do rock brazuca: "Nós vamos invadir sua praia" - uma alusão ao cenário musical carioca que divulgava o BRock com Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Kid Abelha e seus Abóboras Selvagens etc. "Nós vamos..." foi o 1° disco de rock nacional a ganhar discos de ouro e platina. Das 11 faixas, 9 foram executadas amplamente nas FMs.
Além da faixa-título, o disco trazia "Rebelde sem causa", "Mim quer tocar", "Ciúme", "Inútil", e a música "Eu me amo", de autoria do líder Roger Moreira. Àqueles que aindas têm restrição ao estilo rock, confira a letra dasboas que Roger criou. Passados 25 anos, ao reouvi-la, pude detectar as verdades experimentadas por quem está no caminho do autoconhecimento (atente para os trechos que negritei abaixo). A irreverência era/é a marca central do Ultraje e a música pode ser interpretada, à primeira vista/audição, como o mais puro exercício de egocentrismo. Pode até ser (só o Roger pode dizer em que se inspirou mesmo), mas se encaixa totalmente como partindo de um socrático buscador de si mesmo. Eis:

Há quanto tempo eu vinha me procurando
Quanto tempo faz, já nem lembro mais
Sempre correndo atrás de mim feito um louco
Tentando sair desse meu sufoco

Eu era tudo que eu podia querer
Era tão simples e eu custei prá aprender
Daqui prá frente nova vida eu terei
Sempre a meu lado bem feliz eu serei

Refrão
Eu me amo, eu me amo
Não posso mais viver sem mim

Como foi bom eu ter aparecido
Nessa minha vida já um tanto sofrida
Já não sabia mais o que fazer
Prá eu gostar de mim , me aceitar assim

Eu que queria tanto ter alguém
Agora eu sei sem mim eu não sou ninguém
Longe de mim nada mais faz sentido
Prá toda vida eu quero estar comigo

Refrão

Foi tão difícil prá eu me encontrar
É muito fácil um grande amor acabar, mas
Eu vou lutar por esse amor até o fim
Não vou mais deixar eu fugir de mim

Agora eu tenho uma razão pra viver
Agora eu posso até gostar de você
Completamente eu vou poder me entregar
É bem melhor você sabendo se amar

Refrão

"SERÁ POSSÍVEL AMAR DE VERDADE OUTREM, ANTES DE VOCÊ AMAR A SI MESMO?" Tire sua própria conclusão.

domingo, 16 de novembro de 2008

Ainda Yunus!

Quem quiser conhecer mais sobre os feitos desse dusbons - MUHAMMAD YUNUS - indico o livro "UM MUNDO SEM POBREZA - A empresa social e o futuro do capitalismo". Escrito em 2007, por Yunus e Karl Weber, foi lançado este ano pela Editora Ática, no Brasil, contêm 263 páginas, onde, através de práticas bem-sucedidas em Bangladesh e diversos países onde há pobreza, Yunus prova que é possível acabar com a pobreza no mundo e futuramente colocá-la em "museus", para que as novas gerações saibam como viveram com dificuldade seus antepassados e para que isto não se repita mais.
A idéia de Yunus é a EMPRESA SOCIAL que obtém rendimentos com seus produtos e serviços, mas não paga dividendos aos acionistas e não visa o maior lucro possível, como fazem as empresas comuns. Narra sua parceria praticada com a Danone, na fabricação e venda a preço de custo de iogurtes nutritivos a crianças subnutridas de Bangladesh, por exemplo. Lá, os acionistas desta empresa social se interessam e se satisfazem em trocar o lucro financeiro pelo crescente números de crianças que estão vivendo com mais saúde. Recomendo para inspirar a todos que estão se sentindo impotentes ante a miséria no Brasil.

sábado, 15 de novembro de 2008

YUNUS: É possível acabar com a fome!

Nesta Terça-Feira 11/11, perante um auditório com mais de 4 mil presentes, no evento "ExpoManagement 2008", no Transamérica Expo Center, em São Paulo, que teve como palestrantes, professores de Economia, Administração, Política e Direito Ambiental, Gestão e Estratégia, Finanças e Marketing, com MBA's e Ph.D's em Harvard, MIT, Yale e de outras renomadas universidades do 1° mundo, tive a honra de ouvir o bengalês (nascido em Chittagong, cidade portuária do Bangladesh, em 1940) MUHAMMAD YUNUS - um DUSBONS, com letras garrafais e em neon. Aos 20 anos formou-se economista no seu país; em 1970, doutorou-se na Vanderbilt University/EUA; lecionou na Middle Tennessee University de 1969 a 1972, antes de voltar a Bangladesh e ter que fundar o Grameen Bank Project, em 1976. Yunus e o Grameen Bank ("Banco da Aldeia") receberam, em Oslo, Noruega, o Prêmio Nobel da Paz 2006 - pela 1ª vez concedido a uma pessoa e a uma instituição - "por seus esforços em criar desenvolvimento econômico e social a partir da base da pirâmide" - foto à esquerda. Yunus é famoso por ter aplicado com sucesso o conceito de microcrédito para ajudar os camponeses de Bangladesh a sair da miséria, oferecendo-lhes crédito sem exigir qualquer tipo de garantia.
DETALHE: Adimplência de 98 a 99% e sem garantia nenhuma pro Grameen.

Na palestra (que considerei a melhor das 13), Yunus disse:

"A pobreza foi criado pelo sistema, pelos nossos conceitos políticos; os pobres trabalham muito e o sistema se recusa a pagar mais. Os pobres são criativos mas não têm a oportunidade de desembrulhar o dom que têm."
"Como seres humanos, somos multidimensionais no mundo dos negócios; temos capacidade de agir com egoísmo e altruísmo, que coexistem em nossos corações. A teoria econômica construiu-se somente no egoísmo."
"Cuidar da parte altruísta é criar a "empresa social", sem dividendos financeiros. O negócio social é investir mas o dividendo precisa voltar para a empresa. Dar dinheiro é caridade, é filantropia, mas o dinheiro vai e não volta."
"O poder do negócio social é muito maior que o dinheiro usado em caridade."
"A mulher pobre é uma excelente gerente de recursos; sabe administrar o pouco dinheiro junto à família."
"Hoje, o Grameen empresta dinheiro a 7,5 milhões (a maioria mulheres)."
"Um dia poderemos ter o "Museu da Pobreza", contantoque acreditemos que a pobreza é uma imposiçãoartifical a ser descartada."
"O direito do crédito é também um direito humano."
"O Bolsa-Família é o primeiro passo para ajudar os pobres brasileiros, mas é preciso dar microcrédito para que os pobres trabalhem por conta própria. E o banco do microcrédito não deve ser do Governo."

A dica dasboas é o livro O BANQUEIRO DOS POBRES (lançado na França com Alan Jolis, em 1997) e no Brasil pela Editora Ática em 2008, com 343 páginas, narrando a autobiografia de Yunus - foto acima, à direita.
Na internet, para saber mais sobre Yunus, em português, clique aqui. Em inglês, aqui.
Se quiser conhecer o site do Grameen Bank, clique aqui.

P.S.: No mega-evento da semana passada que ainda contou com o famoso Stephen Covey e Jimmy Wales, o criador do Wikipedia, Yunus foi o único aplaudido em pé, por mais de 4 mil pessoas. Resta-nos torcer que se 2% dos executivos que aplaudiram fizerem alguma ação voltada pro "negócio social" no nosso Brasilzão, muito será feito em benefício daqueles que têm criatividade para se autogerirem. Precisam só de um empurrãzinho e zero de paternalismo. Acredito que podemos mudar a face do planeta, a partir da nosso bairro, cidade, País etc.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Vou mais volto!

Estarão simultanemente em São Paulo, neste final de semana (dias 08 e 09), os cearenses amigos/irmãos Tom Trajano e o Nonato Albuquerque (tri-blogueiro - foto acima), ambos prá lá de dusbons no que fazem, e este que vos escreve. Cada um por motivos distintos, estarão em locais diferentes e dificilmente se encontrarão.
O comunicador e jornalista Nonato estará representando a Tv Jangadeiro, durante a campanha do Teleton do SBT. Neste sábado 08, se alguém ligar entre 10 e 19h pros telefones do SBT, poderá dar com a voz maviosa do grande acopiarense.
Já o querido Tom estará participando de uma formação prá ficar melhor ainda como pessoa e como psicólogo. Estou curioso prá saber do que ele achou de Leslie Temple-Thurston.
E eu fui brindado pelo destino profissional de participar do ExpoManagement 2008, onde irei assistir a várias palestras dasboas. Uma das que me chama a atenção é a de Stephen Covey - escritor de "Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes" que vai falar "Da eficácia à grandeza". A outra é do indiano Muhammad Yunus, Prêmio Nobel da Paz de 2006, por ter conseguido ajudar milhares de camponeses a saírem da pobreza em  Bangladesh, a partir do microcrédito. Yunus falará de "Uma nova forma de capitalismo, gestão e inovação". 
Há um tópico nesta palestra que aguçou minha curiosidade e quero saber dele "Por que a CARIDADE NÃO É uma estratégia de longo prazo para enfrentar os desequilibrios globais entre ricos e pobres". Não sei se ele está perguntando (por que separado, mas sem símbolo de interrogação) ou se vai explicar(porque). 
Quando retornar (ou até antes, se der), postarei aqui o que considerar idéias dasboas dito por muitos dusbons que encontrarei. Até.

domingo, 2 de novembro de 2008

A necessidade do resgate e da preservação da memória da música brasileira

Sou fã de obras de referências. "300 Discos Importantes da Música Brasileira" (capa ao lado) é uma obra de Arte que foi lançada na última 5ª-feira, dia 30/10, na Livraria Cultura da Av. Paulista, com noite de autógrafos e debate sobre a preservação da memória da música brasileira. Produzido por Charles Gavin (baterista dos Titãs e pesquisador responsável por relançar centenas de discos importantes para a MPB, após fuçar os arquivos empoeirados de gravadoras como Warner, Som Livre, Universal e Sony/BMG) e escrito pelos críticos especializados Tárik de Souza, Carlos Calado e Arthur Dapieve, o livro contém 300 resenhas dos discos lançados entre 1929 e 2007.
Fartamente ilustrado, o livro possui as mesmas dimensões de um LP, no formato 31cm x 31cm, tem 434 páginas e reúne imagens inéditas, índices remissivos e dois CDs históricos - O Último Malandro, de Moreira da Silva (1959), e o ótimo Baterista Wilson das Neves, de Elza Soares (1968).
Mas tudo o que é muito bom tem um preço: o livro estará à venda exclusivamente na Livraria Cultura pelo preço de R$ 230,00. Se você tiver o programa de fidelidade Mais Cultura!, o preço cai para R$ 207,00. Parte da renda da venda do livro será doada ao Instituto Sou da Paz, para um trabalho com grupos de jovens.
É um petisco dusbons para quem é fã de música.
Palavras de Gavin, que endosso:
"... o resgate da memória cultural de nosso país é assunto sério, fundamental e urgente. As gerações que estão por vir precisam de meios para localizar e valorizar a identidade brasileira. E mais: se reconhecerem nela. Este é, e sempre será, o objetivo dos projetos que produzo há dez anos: a preservação da memória da música brasileira.
Pensando nisso, tive a idéia de um livro que apresentasse um painel da música brasileira desde quando começou a ser gravada até os dias de hoje, levando em conta relevância artística e diversidade."