quinta-feira, 7 de maio de 2009

Para quem sofre

Sabe aquele tipo de livro que amplia e aprofunda sua visão de mundo? Sabe aquele outro tipo de livro que consegue abordar o sofrimento sob o enfoque budista e a teoria quântica, de uma forma simples, acessível?
Estou falando de "O FIM DO SOFRIMENTO - Vivendo sem medo em tempos difíceis... ou Como sair livre do inferno" (Ed. Ícone - 219pág.), da dupla J. J. Hurtak e Russel Targ. Alguns conceitos e personagens deste livro dusbons:

- Aristóteles: filófoso grego que cultuou a dualidade e a lei do "meio excluído";
- Dualidade: a idéia de que eu sou quem eu sou e totalmente separado de você: duas idéias em oposição;
- Localidade: teoria da física segundo a qual objetos distantes não podem exercer influência direta entre si;
- Não-localidade: propriedade universal segundo a qual itens aparentemente separados continuam ainda assim enredados;
- J. S. Bell: físico que provou que a não-localidade podia ser testada em laboratório;
- Lógica quádrupla: "a minha verdade junto com a sua verdade na qual não se exclui o meio".
- Nagarjuna: filósofo indiano que afirmou que a maior parte das idéias nem é verdadeira, nem não-verdadeira. Criou uma técnica espiritual para se encontrar o Caminho do Meio e sair da escravidão da mente egoísta.

Os autores nos ensinam a como abrir mão da concepção histórica de quem pensamos ser; que quase todo o nosso sofrimento é inexistente porque ele não existe no tempo presente, na realidade existencial; que o nosso sofrimento está na nossa mente sobre algo que houve no passado (sofremos com sentimento de culpa ou depressão) ou em relação a algo que pode ou não acontecer (sofremos com ansiedade); que nosso ambiente social nos condiciona a guardar mágoas, a sentir ressentimentos, medo, culpa e desejos de vingança e, acima de tudo, a emitir julgamentos a respeito de tudo e de todos; que criamos o sofrimento condicionado pelo nosso desejo de defender as nossas histórias e a nossa imagem de quem pensamos ser; que existe o meio termo entre o amedrontamento e a complacência: é a vigilância e o destemor para vivenciar a situação como ela é; que o Caminho do Meio nos ensina que ignorância de quem somos e o apego à materialidade estão na raiz do nosso sofrimento; que podemos desistir do pensamento dualista e residir no amor.

Agradeço à Mestra (mesmo que ela não o queira) Aidda Pustilnik pela indicação desta preciosidade prá alma!
É preciso parar e refletir bem, antes de se responder à profunda pergunta: QUEM É VOCÊ?

2 comentários:

Unknown disse...

Jânio amigo, você tem sido a minha, e tenho certeza de muito mais pessoas, "dasótimas" referência da boa leitura, do bom cinema e boa música!! Já comprei o livro e comecei a ler, e já percebo o desafio que este livro nos traz!
Um abraço e muita Luz
Walewska

Blog Blogspot disse...

Walewska,
Sinto-me mui gratificado em compartilhar o que considero bom. É uma alegria gostar e dizer pro mundo.
Eu rio muito quando penso que sabia algo e descubro que não era bem assim...rsrsrsrsrsrs
Abs fraternais,
Janio